A espiritualidade das Filhas do Coração de Maria é influenciada pela corrente da Escola Francesa dos séculos XVII e XVIII e é de filiação inaciana.

A herança de Santo Inácio de Loyola estrutura a vida espiritual da Sociedade: oração inaciana, discernimento, sentido do magis, pedagogia do desejo, liberdade interior, ver Deus em todas as coisas e todas as coisas em Deus, sentir com a Igreja, releitura e unidade de vida e oração, em tudo amar e servir, tornando-se contemplativas na missão.

Esta espiritualidade tem características singulares, herdadas dos seus fundadores, Adelaide de Cicé e Pedro de Clorivière s.j. – amor à Eucaristia e adesão aos Corações de Jesus e de Maria, convite permanente a viver em conformidade e comunhão com os Seus sentimentos, de modo a tornar presente o amor misericordioso e compassivo de Deus no coração do mundo.

A espiritualidade da Sociedade é orientada por quatro versículos evangélicos:

“Eis a vossa Mãe” (Jo 19,27) – Jesus dá-nos a sua Mãe como nossa Mãe e aponta-nos, no caminho, Maria como modelo de um compromisso corajoso no amor.

“Fazei o que Ele vos disser” (Jo 2,5) – escuta dócil ao Espírito Santo e disponibilidade para o serviço do Reino.

“Não te peço que os retires do mundo, mas os livres do mal” (Jo 17,15) – inseridas no mundo, vivem uma vida simples, atentas a todas as realidades, fortalecidas na fidelidade de Cristo e a exemplo de Maria, para ousarem ser testemunhas e construtoras do Reino.

“Já não vos chamo servos, mas amigos” (Jo 15,15) – cultivam uma relação íntima com Cristo, através de uma vida de oração intensa, fonte de fecundidade apostólica.